quarta-feira, 26 de maio de 2010

Liberdade existe... ou esta é uma liberdade condicional, uma pseudo-liberdade

“Negociar a liberdade”

Utopia, sonhos coloridos, são várias as descrições pertinentes ao conforto e agradabilidade da liberdade. Poder exercer vontades sem abalroar em alguma norma, imposição ética, opinião ou crítica.

Fotografia de movimentos de spins de um átomo - Deveriam ser imprevisíveis mas seguem um padrão. liberdade comedida

Um fetiche que circunda o apetite abstrato, o nosso mundo particular de emoções, do nosso partícipe na elaboração da filosofia transitória. A liberdade na verdade é uma nuance de ansiedade que agonizam afeição pela doutrinação, pelas delimitações inscritas pela coerência história. No entanto seria uma decepção se nosso arsenal de transcendência cometesse a leviandade de roubar o trono de potencialidades necessárias como a criatividade; ou seja, a abstração irresponsável de inserir dúvidas na dimensão do estável. Aliás, a criatividade cumpre muito bem o seu papel de desestabilizar e alicerçar novas bases conceituais para nossa vivência histórica. Ainda assim esta se inscreve seguindo parâmetros; apoiando-se no corrimão de idéias, dogmas que protejam a condição e objetivo para que se defina o raio de manobra da criatividade eficaz. Logo a liberdade é um estado espiritual de ações de ruptura com o convencional militarista, mas sob a maestria de equações metafísicas, filosóficas, amparadas por desejos prévios de intencionalidades universais. Liberdade com liberdade restrita; raio de manobra sugerida por princípios da satisfação do “coerente”. Porém a liberdade se faz tão suave e utópica, porque se insere num plano conhecido e sinaliza o trânsito para uma dimensão cuja filosofia conceitual ainda deverá ser construída. É por demais excitantes seguir o curso dessa incerteza, do desconhecido, do imprevisível, sob o patamar de padrões do agradável; da dialética existencial entre choques de dimensões.
A liberdade é ao mesmo tempo a assertiva do arbítrio e do dogmático.

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Se a liberdade é exercida, de certo temos que vincular a ela um conjunto de atitudes, ações que possam dinamizar o processo evolutivo.
Devemos identificar e definir a dimensão a que nossa percepção transcendente pretende, nada bem visualizado, pois está no plano do absurdo imediato, para ser nossa aspiração e êxito.
Nossa existência é um convênio das con-fusões e certezas, presumindo a necessidade da ousadia para a verificação e questionamento. Temos um constante apetite de visualizar aspectos nítidos que evidenciem a liberdade. Para isto percebe-se a definição de um estado pré-liberdade o pós-liberdade.
Uma angústia cede lugar ao estado de alívio; isto é, conquista e rompimento de cadeias prisionais de sentimentos. Ser livre parece ser além de um transe emocional, também uma névoa metafísica que se estampa no cenário filosófico para ser lida por mentes contemplativas e posteriormente grafadas em músicas, poemas, pintura ou alojar-se no imaginário coletivo como sendo algo muito bom e aspirado.
Como tudo tem seu preço cabe aos pretendentes da liberdade negociar seus interesses e calibrar um ponto comum para adesão e vivência libertária. Visões da Liberdade
Autor: Nosde / 17/06/2003
“Planos para hoje”

Reservo-me o direito de tramar meus sonhos,
Ser mais que apenas ser,
Revogar a insensatez da atrofia e assanhar minha festividade latente,
Sublimar meus outonos de safra generosa,
Impor cadência aos traquejos ditubeantes da opção do viver valentemente,



Apoiar na singular proposta dissertar sobre o amanhã,
Cada dia, ditados pela fé sem reservas, num dia venturoso e feliz,
Violentar o sedentarismo, apartar a mesmice, cristalizar conceitos;
Empoeirar os pés e embebe-los logo em seguida numa água transparente,
Sujeitar minha susidez a um “Reality Show”;
Querer de forma pueril e afoita, com versão sóbria, o futuro idôneo da paz para todos;
















Usando uma fonte de luz externa para ativar seletivamente as moléculas fotossensíveis é possível criar chaves e portas lógicas, os elementos básicos dos chips. A pesquisa mereceu a capa da revista Small.[Imagem: Small]

http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=chips-de-dna&id=010165100519&ebol=sim

Esvoaçar entre vales em meus pensamentos,
Resvalar minhas inquietudes na relva orvalhada e calma,
Assistir a beleza do que é ser “humano”,
Obrigar o “black and white” a ceder lugar às matizes irmãs;
Monologar um soneto em sussurros na intenção de não perturbar o Senhor silêncio;
















É decidir ser humano, um odre de vinho de safra antiga,
Uma vida impaciente em ser vivida.
Serei “isto” hoje, sempre hoje.

(Escrito às 01:04’03’’ no dia 09 de setembro de 2002 – terça-feira ao som da música instrumental “Sometimes” de George Benson na rádio Itatiaia fm)