É viver sob a maestria de nuvens sem patrões num prenuncio de chuva,
É ousar tatear ilusões
É deslizar a percepção sobre o tapete mágico da música dissonante,
porém consonante com utopias e razões óbvias;
Sonhar é ser Rei,
É ditar com dicção própria nossos projetos íntimos,
para ser imprimido pelas nossas vontades,
e esculpido pelas nossas ações, num balé construtor de "mundos";
É dizer não à tempestuosidade dos obstáculos.
Sonhar é antever o futuro pelas frestas da indagação e da crença;
É questionar os ditames imperiosos da não mudança;
É inalar a fragância do melhor,
Degustar o vinho o escoar do vinho à temperatura ideal, delicioso embora vindo de odres velhos; ou seja aspirações antigas;
Sonhar é deixar-se viver à nossa transcendencia;
É contrariar a "Dona Realidade ",
é ensinar boas maneiras aos nossos erros;
É fincar bandeirolas no chão da lua,
é passear em território proibido,
É tangenciar as sinuosidades e curvas da sensualidade dos nossos desejos,
é ser moleque por momentos;
Sonhar são decretos na legislação do abstrato;
é sugerir arte à vida,
é recortar papéis e fazer murais-vitrais na névoa da consciencia com dizeres espontâneos e ferozes,
dum estampido de emoções e querer;
é fazer de nossos episódios ainda melhores;
e fechar os olhos e novamente SONHAR.
Escrito no ano de 1998 e publicado no exemplar FIBRA - cenibra
"Zóio, que ousa sempre sonhar maneando os tentáculos da ação"

Ótimo, meu amigo. Voce deveria investir pesado na construçao dos versos. Tens a loucura necessária e o verbo vertiginoso. Gostei muito.
ResponderExcluirUm grande abraço do amigo observador.