domingo, 19 de setembro de 2010

Reflexão pelo Coração... Baú de nossos eu's incabados!!! Coração levado ao baile do Espírito!!!

No enredo de nossas vidas ocorre-nos freqüentemente a solicitação, a inquisição faminta e opressora; à vida histórica, a urgência de que esta nos apresente elementos norteadores, caracterizadores e opinantes para a determinação do rumo desta vida futura (...) vida esta escorregadia, que alega a necessidade de ser intocável sob o ponto de vista da previsibilidade. E com estes argumentos reivindicantes − contrariando “nossas vontades rivais”, a “vida histórica” usurpa-nos a prerrogativa do controle (...) mesmo sendo nós mesmos, os agentes que operacionalizam a existência desta, a partir da concreção das ações e fatos (...) de poder gerir os caprichos, sinuosidades, humores, anseios acabrunhados e adormecidos, do assanho incontido da vontade de ser apesar de estar sendo até então, uma alma egoísta e em disputa consigo mesma.

E o baú que tenta conter estando com a tampa semi-aberta com grandes frestas, fissuras... Quem é?

É o coração!! Ele tenta aplacar a anarquia ou simular uma pretensa calmaria imposta pelo fechar da tampa, pelo “em-si-mesmamento” de um container, uma suposta imobilidade, o abafamento dos gemidos e choros, o “ocultar” do olhar esbugalhado e assustado da alma, a tentativa de silenciar o burburinho do arfar do ofego descompassado vitimado pelo cansaço e pela tímida apreensão do pavor e do incerto.

Oh coração tão fiel e apaziguador de nossas ambigüidades! Diuturnamente sugere ao intelecto a gestão de ações, atitudes para desviar deste as negatividades que insistem em abarrotá-lo. Oh coração, container de nossos eu’s inacabados...

Mas hoje ocorre um estampido de esperança, a afirmação de concreção da utopia poética em fato a consumar... o ser factível.

Desnuda diante de nós a sensualidade das curvas, a fragrância melindrosa, o calor, o frescor de tez macia, o vitimar pela carícia da brisa do eriçar emocionado do nú poético do corpo de nossas vontades felicitadas pelo convir de DEUS.

O que seria dos nossos container’s, se os ventrículos e aurículos estivessem condenados a se verem entupidos pela estupidez de não de desfazer das mazelas, dos venenos e trapos dos vícios de não se conveniar a história a DEUS.

Sei que nossas frontes às vezes descobertas além do normal, semi-careca talvez insinue a nós mesmos o momento de descobrimentos e inexoravelmente seja prudente que as mechas de orgulho não criem penumbras na visão da cristalinidade dos projetos e designações divinas para a nossa trans-história.

E o momento “tic-tac” é insuficiente para dimensionar, ser presépio e dispensação cronológica da ocorrência da insurreição combativa do nosso eu combalido, da insurreição da nossa história mesquinha e fugaz para ser ator principal, estrelando hollyoodyanamente, apoteosicamente aos lauréis da humildade de ser tudo em DEUS, por DEUS e para DEUS.

Sim, esse mesmo Deus que nos viu escorregadio e nu, imerso no amniótico, embebido no caldo nutritivo de esperança “do vir a ser” pelo parto normal, pelas vias sem fórceps; a pontuar este mundo com nossa individualidade latente e solicitante. E hoje vivemos a felicidade de entregar o pulsar, a respiração à vontade orientada pelo divino. Que cria canais preferencial em nossas artérias fazendo correr dentro delas sua divina seiva, orientadas pelo próprio DEUS-ESPÍRITO SANTO. E reger a foto-síntese (síntese pela LUZ) de frutos que possam ser aprazíveis a TI e alimentar a outros a quem o SENHOR vier permitir, pois tua Palavra está em mim no meu CORAÇÂO-CONTAINER reorganizado.

“AMÉM”



Poema do Zóio - escrito em momento de "uma depressão" na vereda da vida em 2008

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