quarta-feira, 1 de junho de 2011

Educando a partir do vínculo da socialização e ganho civilizatório!!!

Este artigo visa através do filme “Um Filme Falado” realizar a releitura da essencia da comunicação, com utilização dos vários modais de linguagem; a relação axiomática do mito, lenda, tradição e o que o cotidiano representa para a construção desses primeiros; sendo o cotidiano fruto dos reflexos míticos, lendários, tradicionais e que têm relações intercambiáveis com a civilização pelos mecanismos da prática educacional; seja no ambito familiar, religioso, escolar e ou pelo regramento do Estado. Dentro deste contexto, a educação contribui para a aprendizagem, para a capacitação de análise das nossas vivências nos dias atuais e para formação indivíduos pensantes.

A NECESSIDADE CONGÊNITA DA SOCIALIZAÇÃO
A intensidade da socialização humana é volátil; insurge de forma enfática em respostas à alquimia de variáveis consequentes, portanto também resultantes da equação das necessidades humanas elementares de interação e integração humana, e esta volitilidade pode ser estabilizada através do conhecimento da sociabilidade e pela educação. Ocorreu e ainda ocorre; com firme persistencia histórica na contemporaneidade; alinhavares nos diversos retalhos do tecido social, como barganhas de interesses, elos cognitivos de reafirmações de individualidades consubstanciadas na conquista do posto de controle; embora estas restritas individualidades tenham como premissa básica, estar entre os humanos “sub-ordinados”. A linha do tempo demarca dispensações episódicas da história; pelas quais e somente, foram construídas pela re-união de forças humanas por objetivos comuns; resguardando a mitigação das diversas solicitações, desejos, vaidades, anseios, sonhos e metas pela comungação de potencialidades; no afã do prêmio da socialização das divergencias e poderes. Podemos nisto perceber as bases da história, da política, do surgimento das divisões de classes.
Neste contexto, o substrato que carreia a fertilidade para o desenvolvimento social se enumeram, sem levar a termo a importancia da observância de peculiaridades “strito sensu”, da seguinte maneira:
• O tempo, a linguagem, espaço, interatividade, movimento de discursos (perguntas e respostas).
• A tradição, família, mitos, dialética, política e dominio e utopias.
Os desenhos dialéticos se equilibram nesta teia movediça de convicções, e estas devem se estribar num vínculo de racionalidade, o que nesta condição estará como sugestão indubitável à educação dos povos.

A LINGUAGEM COMO PROPULSORA DA ESCALADA CIVILIZATÓRIA

No filme “UM FILME FALADO”, na conversa entre mãe e filha, ocorre um discurso pautado entre perguntas e respostas, um momento dialógico (duas lógicas), em que estas pretendem ajuizar um conhecimento sobre aspectos histórico- sociológicos. De um lado a mãe reafirmando certezas históricas adquiridas por informações convencionadas, ainda esta mesma mãe relativizando algumas informações atribuindo incertezas aos mitos; e por outro a filha acolhendo o mérito das informações, filtrando seja pela confiança da figura materna em luta com as suas indagações, colhendo as informações para a formação de um conceito individual.
Percebe-se aí, o processo civilizatório galgado na concepção ponderada de certezas e incertezas; e destas surge a necessidade do questionamento, da verificação experimental da realidade de forma que se estabeleçam novos paradigmas, novas certezas, novas tecnologias, o desbancar de ideologias e mitos retrógrados, etc. Neste ínterim é fato a atmosfera suscetível e pretendida da socialização.
Ainda no filme podemos notar, o tempo como o piso de demarcação de território dos estágios da história, a sabedoria inconsciente que orientava e orienta nossa visão de mundo; o relato dos exercício dos egoísmos dos líderes que estabelecera o regramento a ser perseguido como marco das lutas e guerras na história; o exercício do raciocínio a partir do diálogo. Basta saber que o o que é a-logico é a desnecessidade do uso do raciocínio, ou aquilo que não evoca detalhes lógicos para serem interpretados pois são óbvios. Diálogo é um jogo de raciocínio fronteiriço por condição de exequibilidade.
Nas conversas que surgem da mãe com a filha, com o Sr idoso, com o sacerdote, na oitiva do guia turístico em Marselha; nota-se que as mudanças de idiomas preconcebem que o emprego de fonemas, signos inscritos; enfim um novo idioma; demonstra a universalização da linguagem como elemento civilizatório; pois resgata o repasse das experiencias históricas às demais gerações estabelecendo um ponto de partida cada vez mais sofisticado educacionalmente para nossos descendentes, tendendo a que estes estabeleçam pontos civilizatórios mais evoluídos para as demais gerações; com substancial distanciamento do tempo histórico de seus ascendentes.
O “mix” entre signos, a interação dos signos na significação dos objetos, a aplicação operacional destes signos e fonemas no contexto situacional; resguarda o modelo pragmático da comunicação, do desenvolvimento educacional, promovendo por consequencia a harmonização social, portanto uma sociedade mais sã ou menos patológica, mais civilizada.

OS MOVIMENTOS MÍTICOS E COTIDIANOS NA EXTENSÃO E AÇÃO NA EVOLUÇÃO HISTÓRICA NA SOCIALIZAÇÃO DO HOMEM
O mito ao contrário do que se poderia pensar, é uma afronta à comodidade humana pelo não questionamento. Presume-se na essencia do mito, um alento à dinamica inquiridora, um combustível ao congraçamento dos supostos ícones dos feitos históricos ou divinos; numa tentativa de explicar os feitos ou fatos a partir do heroísmo, do poderio da divindade, etc.
No filme é mencionado a lenda; o que nada mais é do que a poetização dos ideais retroalimentando a disposição natural dos humanos pelos sonhos e pela abstração criativa.
O ambiente escolar e seus atores compõem a realidade de mundo civilizado em “maquete”; sendo assim um laboratório onde se constrói a réplica das particularidades reais e contextual da sociedade.
O mito e a lenda passam a existir pelo vínculo da temporalidade; do mesmo modo a tradição, além do fator benéfico que estes dispõem; infelizmente podem contaminar e adoecer as relações sociais; às vezes provocando o extremismo pelo fanatismo; com o fechamento circunstancial das portas à absorção do “novo”, do aprendizado contínuo e despreconceituoso.
Para conter esta mazela a educação constitui premissa básica das ações.
No momento de encontro entre mãe e filha com o sacerdote ortodoxo, o gestual religioso no ato de benzer; despertou a atenção da menina. O que isto nos explica?
Que os elementos gestuais, a linguagem nas várias modalidades; tem o condão de transmitir informações que podem categorizar uma individualidade; vence a distância etária e transfere indícios de cultura e crenças e sonhos.

OS SENTIDOS COMO FERRAMENTAS E O DOCENTE COMO ORIENTADOR OPERACIONAL DOS SENTIDOS PRÓ-EDUCAÇÃO

O ouvir, o tatear, o falar, o paladar, a visão são explorados atualmente de forma extrema; com isto a disciplina na triagem do que é bom e útil à coletividade e às individualidades, demandam a razão com doses de subjetividades suficientes para a construção de uma realidade contemporânea; que não fuja contextualmente. A extemporaneidade sazonal se dá principalmente pela necessidade de ajuste social às novas disciplinas emergentes ou pelo distúrbio na condução da socialização e em grande parte pela omissão do exercício educacional pelo Estado.
Basta dizer que a educação é o mecanismo utilizado para orquestrar estas vivencias.
Os recursos dos sentidos, o “idear orientado” de crença, a politização das condutas através dos conhecimentos dos mitos e tradições efêmeras, estabelecem o caminho ideal para a inquirição do conhecimento, da sabedoria formando o pano de fundo satisfatório para fomentar a constante evolução da raça humana pela simples liberdade do exercício do verbo “educar”.

CONCLUSÃO

A pedagogia civilizatória deve ser cumprida através de protocolos abertos; na cumplicidade entre professores e alunos na árdua tarefa da descoberta. Destas o sentimento e percepção das peculiaridades, o senso de responsabilidade e cooperação; constituem o leque profícuo de nexos e casualidades que demonstrarão o melhor caminho na construção da história civilizada.
O filme resgata também a encenação pedagógica como dica de como as relações familiares e sociais deveriam se comportar; meios pelos quais a cooperação e contribuição solidária e solícita, poderiam acelerar a equalização das diferenças. Universalizaria assim as bases de informações e conseqüentemente melhoraria as relações sociais e enlevaria os padrões evolutivos civilizatórios da raça humana; promovendo mais bem estar na ocupação humana de um mesmo espaço (planeta), por tantas diferenças genéricas e diversidades de anseios e opiniões.

Zóio -pensando a educação como meio de sobrevivência

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