domingo, 9 de janeiro de 2011

A semi-divindade humana

É uma asserção um tanto desconcertante; pois evoca a pretensa intenção de que no curso da busca humana, em algum momento da história, os homens possam ou poderiam dispor de atributos que os enlevassem numa relação menos piramidal em relação a Deus, configurando uma semi-divindade humana.
Se há 40 anos, alguém se tele-transportasse no tempo e assim este alguém diante de nós, cumprisse o protocolo ritual da comunicação atual; ou seja, digitasse - aliás, teríamos que usar outra palavra no lugar de digitar, pois esta nem existia – e colocasse no ouvido falando com outra pessoa em outro continente, também recebendo a mensagem com outro celular trazendo uma informação, e após esta outra pessoa após viajar chegasse e repetisse o que horas atrás lhe fora comunicado sem fio, sem carta... o que diríamos?
Certamente atribuiríamos a esta pessoa a categorização de um anjo, um deus...
E se esta pessoa saciasse a fome desta outra pessoa no outro continente, usando o celular para transferir dinheiro para a conta desta outra pessoa; que por sua vez comprasse mantimentos para o preparo do almoço? Ora aí nesta situação não estaria ocorrendo uma onisciência pela certeza de que este "pelo google eart" está em determinado local, onipresença através da voz, onipotências pelo efeito da ação nos moldes relativizados? Não seria uma onisciencia, onipotencia, onipresença relativa? Se ocorressem estas “oni’s”, estas por certo corroborariam para o status de semideus; àquele que dentro do contexto cultural atrasado, apresentasse uma “para-normalidade” contextual.
Mas não esqueçamos que: Toda a boa dádiva e todo o dom perfeito vem do alto, descendo do Pai das luzes, em quem não há mudança nem sombra de variação. Tiago 1:17. Portanto, não poderíamos ser divinizados senão pela ação do Divino.
Mas nem por isto, podemos com base nestas conjecturas, cismar a supremacia e soberania de Deus, acalentando a tentativa de relativizá-las.
Senão vejamos que a evolução do homem seguiu os eventos episódicos de ponderações persecutórias pela harmonia social, em que estes mesmos homens, se viram representados, por versões humanas vanguardistas que apontavam realidades encobertas pelo lamaçal da ignorância; e mesmo apesar disto nunca foram elegíveis para o hárem dos deuses.
No início dos tempos, para aplacar a desarmonia social, todas as ações, toda liturgia, os dogmas, a juridicidade de qualquer fonte e modo, pontuavam a história cumprindo a sina de estabelecer o equilíbrio das relações humanas, individuais e coletivas. Disto a história se viu salpicada de sectarismo, uma tensão de vaidades, interesses, egoísmos, exercício de forças pleiteando o domínio e o controle.
Neste contexto, os exageros deslocavam o eixo da coerência para aquém da “normalidade humana”, ocorrendo assim a eiva de estupidez e bestialidade.
Hoje, as igrejas, o Estado, a normatização das ações se vêem imbuídas no enfrentamento da bestialidade, da ignorância, da animalidade não-transcendente; estabelecendo a humanização espiritualizada, com o cultivo da pacificação dos estampidos do egoísmo, em um comungar de delírios numa festividade acalorada pela felicidade coletiva, um comungar de “vidas e histórias”, uma “empate-ia” de tensões e interesses; uma presumível paz que se não efetivada definitivamente; mas que esteja deformada pelas várias mutações em transito pró-ativo.
Nisto pensamos que a “salvação” de nós mesmos, se efetiva quando abdicamos da tentativa do controle por nós mesmos. Pois nossa pretensa divindade é prenhe de um resgaste essencial movido pelo Deus soberano. Sabendo que o homem não é justificado pelas obras da lei, mas pela fé em Jesus Cristo, temos também crido em Jesus Cristo, para sermos justificados pela fé em Cristo, e não pelas obras da lei; porquanto pelas obras da lei nenhuma carne será justificada. Gálatas 2:16.
Portanto a salvação, seja das agonias da alma, da ignorância cultural e tecnológica, da bestialidade irracional e demonizada; somente é operada por intermédio da vontade de Deus mediante a sua grandiosa Graça.

Como disse um amigo meu, por nome Adão: “Graça tem o significado comentado de que seja aquilo que por mais que façamos não mudará o curso da decisão de Deus em nos beneficiar de qualquer modo até pela salvação. Ainda, não há nada de mau que sejamos capazes de fazer que possa orientar a Deus a opção de nos amarmos menos. Da mesma forma não há nada de bom ou plausível que sejamos capazes de fazer que possa orientar a Deus a opção de nos amarmos mais."

Edson zóio da Zoioticanalise

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Paradoxos...

A evolução e engenhosidade... e a mediocridade e autodestruição






Trabalhador de mina de ouro sorri
durante turno em Manica,
em Moçambique. 18 11 2010.

Foto Goran Tomasevic Reuters


A engenhosidade humana não consolidou a maturidade de conveniar a apoteose da evolução tecnológica, com o autoconhecimento pela sobrevivencia da raça humana.

Os enervamentos de nossas almas, parecem estar anestesiados, não sensibilizamos, não emocionamos, não nos sentimos obrigados a ajudar... mesmo sabendo que são nossos irmãos, nossa raça, que vivem em condições sub-humanas.

Será que não estamos desracionalizando, tornando seres irracionais...

Paradoxos de uma raça perdida na imensidão de suas capacidades e poder!!!







Suíça constrói túnel de 57 km, atravessando

os Alpes Suíços, e terá término
em 2017. 15/10/2010. Foto: Christian Hartmann/Reuters