segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Escrito à espuma de sabão


Nossos ideais apetitam o factível e sua expressão concreta. Irônico se ideais são névoas abstratas, apenas bem definidas, logo sua existência é trivial e fugaz;
Mas existe um frenesi nos ideais;
Apelam à devoção, ao romântico, aos revezes “do que é e do não é...”;
Isto nos inspira a dizer que este labirinto de indecisões e indefinições prejulgam ou autojustifica-nos como “ser” humano singular no universo.
É algo que recomenda-nos à transcendência.
Existe uma magia no fato de ser intenso e belo num momento definido; para depois esvair-se de forma calma e descompromissada;

É como escrita à espuma de sabão: insistimos em delinear a grafia para dizer algo, mas a espuma insiste em escorregar e despistar nossos objetivos;
Exprime uma irregularidade, o caos numa forma artística com bolhas de vários tamanhos e refletindo nuances de cores que perturbam nossa concepção organizada e às vezes tirânica,
Mas o decorrer destes eventos impacta nossa história particular,
Essa analogia é infinita; uma pretensa alegoria, mas uma lição de vida.
Devemos seguir o curso de nossos ideais; imprimindo-os com arte,
E o caos aparente seja a irreverência da beleza intensa, mas que seja apaixonadamente belo no momento para ser episódico e marcante na nossa história de vida;
Melhor se assim fizermos em cada minuto de nossas vidas. Que revolução seríamos ou dizendo num vocabulário de sucesso:

“VINCI-indo e SENA-do BONAPARTE - Hilário mais sério


“ (Um anagrama com o sobrenome das pessoas de sucesso, ou seja; de Leonardo da VINCI, de Airton SENA e Napoleão BONAPARTE para a frase-lema: “Vencendo e sendo bom na parte”)


Edson o Zoio

Conversa com os Seios...

Oh carisma dum relevo de prazer;

Que dão destaque a quem dá à luz;

São bilhões de humildes gêmeos que amamentam o mundo, transformam o sangue-vida em leite;

Nutre a alma, incita a calma e ensina os passos da voracidade do apetite do amor;

São masculinos na interpretação gramatical (seios) e em essência retocam a alma feminina,

Tão poderosos e mesmo suados não são rudes, mas delicados e dançam a musicalidade feminina,

Ensinas ao homem o alfabeto do carinho, quando no linguajar , na coreografia da língua faminta,

Sentes o atrito de petição, dum ser que quer engolir o mundo e acaba sugando parte da seiva desse coração atrás de ti;

Seios sei os seus traquejos,

Que enfeitam o andar de uma mulher,

Molha nossos olhos com o colírio, quando tentam furar as “paredes” de sua prisão,

E consegues alegremente dançar a musicalidade livre e descompromissada da censura e

enamorada com a paixão;

Fazes nascer paixão sadia, não importa se sua dona, na tão bela agora; se desgastados hoje são: um dia intumescidos e suados, podes então ter identificado a menina travessas e ingênuas que então era a moça-mulher;

Nas mulheres novas andas de “cabeça erguida” e delineias o perfil “violão” à sua dona;

Tens poesia em seus “bicos-olhos” que nos vêem quando falamos que gostamos de vocês;

E se porventura andas cabisbaixo e a flacidez é sua vilã;

Lembras do compromisso; arranje muletas e fique prumo, pois sua dona quer ser bela: e nós

homens queremos ver pela “janela” no decote das blusas: vocês seios a sorrirem!!!



(Escrito às 00:40 a 01:33 no dia 23 de março de 1998)

Edson Rodrigues

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Bradesco é condenado em R$ 100 mil por proibir barba

Valor deve ser encaminhado ao Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT)
Agencia Estado

Salvador. A 7ª Vara do Trabalho de Salvador condenou na quinta-feira (23) o Bradesco a pagar R$ 100 mil de indenização por dano moral coletivo, por discriminação estética - o banco proíbe que os funcionários usem barba. De acordo com a decisão do juiz Guilherme Ludwig, o valor deve ser encaminhado ao Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) e o banco ainda deve divulgar, "nos jornais de maior circulação na Bahia, durante dez dias seguidos, e em todas as redes de televisão aberta, em âmbito nacional", uma mensagem reconhecendo a "ilicitude de seu comportamento" e a alteração de seu "Manual de Pessoal, para incluir expressamente tal possibilidade" (o uso de barba por parte dos funcionários). O Bradesco pode recorrer da sentença.

A ação, apresentada pelo procurador Manoel Jorge e Silva Neto, do Ministério Público do Trabalho da Bahia, em fevereiro de 2008, foi baseada na denúncia de um dirigente do Sindicato dos Bancários do Estado, funcionário do banco. Por ter a pele sensível à lâmina, o barbear diário causava erupções em seu rosto.

O Bradesco alegou, em sua defesa, que uma pesquisa interna apontou que barba "piora a aparência" e que seu uso pode atrapalhar o sucesso profissional. Na sentença, Ludwig alegou que a pesquisa foi feita apenas com executivos e citou Jesus Cristo, Charles Darwin e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, entre outros, para rebater o argumento.

Segundo o documento, a proibição constitui "conduta patronal que viola inequivocamente o direito fundamental à liberdade de dispor de e construir a sua própria imagem em sua vida privada".

'PÁTRIA MADRASTA VIL'



REDAÇÃO DE ESTUDANTE CARIOCA VENCE CONCURSO DA UNESCO COM 50.000 PARTICIPANTES

Imperdível para amantes da língua portuguesa, e claro também para Professores. Isso é o que eu chamo de jeito mágico de juntar palavras simples para formar belas frases. REDAÇÃO DE ESTUDANTE CARIOCA VENCE CONCURSO DA UNESCO COM 50.000 PARTICIPANTES

Tema:'Como vencer a pobreza e a desigualdade'Por Clarice Zeitel Vianna SilvaUFRJ - Universidade Federal do Rio de Janeiro - Rio de Janeiro - RJ

'PÁTRIA MADRASTA VIL'Onde já se viu tanto excesso de falta? Abundância de inexistência. .. Exagero de escassez... Contraditórios? ? Então aí está! O novo nome do nosso país! Não pode haver sinônimo melhor para BRASIL. Porque o Brasil nada mais é do que o excesso de falta de caráter, a abundância de inexistência de solidariedade, o exagero de escassez de responsabilidade. O Brasil nada mais é do que uma combinação mal engendrada - e friamente sistematizada - de contradições. Há quem diga que 'dos filhos deste solo és mãe gentil.', mas eu digo que não é gentil e, muito menos, mãe. Pela definição que eu conheço de MÃE, o Brasil está mais para madrasta vil. A minha mãe não 'tapa o sol com a peneira'. Não me daria, por exemplo, um lugar na universidade sem ter-me dado uma bela formação básica.E mesmo há 200 anos atrás não me aboliria da escravidão se soubesse que me restaria a liberdade apenas para morrer de fome. Porque a minha mãe não iria querer me enganar, iludir. Ela me daria um verdadeiro Pacote que fosse efetivo na resolução do problema, e que contivesse educação + liberdade + igualdade. Ela sabe que de nada me adianta ter educação pela metade, ou tê-la aprisionada pela falta de oportunidade, pela falta de escolha, acorrentada pela minha voz-nada-ativa. A minha mãe sabe que eu só vou crescer se a minha educação gerar liberdade e esta, por fim, igualdade. Uma segue a outra... Sem nenhuma contradição!

É disso que o Brasil precisa: mudanças estruturais, revolucionárias, que quebrem esse sistema-esquema social montado; mudanças que não sejam hipócritas, mudanças que transformem!A mudança que nada muda é só mais uma contradição. Os governantes (às vezes) dão uns peixinhos, mas não ensinam a pescar. E a educação libertadora entra aí. O povo está tão paralisado pela ignorância que não sabe a que tem direito. Não aprendeu o que é ser cidadão. Porém, ainda nos falta um fator fundamental para o alcance da igualdade: nossa participação efetiva; as mudanças dentro do corpo burocrático do Estado não modificam a estrutura. As classes média e alta - tão confortavelmente situadas na pirâmide social - terão que fazer mais do que reclamar (o que só serve mesmo para aliviar nossa culpa)... Mas estão elas preparadas para isso? Eu acredito profundamente que só uma revolução estrutural, feita de dentro pra fora e que não exclua nada nem ninguém de seus efeitos, possa acabar com a pobreza e desigualdade no Brasil.

Afinal, de que serve um governo que não administra? De que serve uma mãe que não afaga? E, finalmente, de que serve um Homem que não se posiciona? Talvez o sentido de nossa própria existência esteja ligado, justamente, a um posicionamento perante o mundo como um todo. Sem egoísmo. Cada um por todos. Algumas perguntas, quando auto-indagadas, se tornam elucidativas. Pergunte-se: quero ser pobre no Brasil? Filho de uma mãe gentil ou de uma madrasta vil? Ser tratado como cidadão ou excluído? Como gente... Ou como bicho?


Premiada pela UNESCO, Clarice Zeitel, de 26 anos, estudante que termina faculdade de direito da UFRJ em julho, concorreu com outros 50 mil estudantes universitários. Ela acaba de voltar de Paris, onde recebeu um prêmio da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) por uma redação sobre 'Como vencer a pobreza e a desigualdade'


A redação de Clarice intitulada `Pátria Madrasta Vil´ foi incluída num livro, com outros cem textos selecionados no concurso. A publicação está disponível no site da Biblioteca Virtual da UNESCO.

domingo, 19 de setembro de 2010

À flor da pele...



Nos dias atuais, estamos com os nervos à flor da pele, como diria Zeca Baleiro. As ' emoções sociais, afetivas, políticas, antropológicas, as emoções afeiçoadas aos ideais, à natureza.
Veja minha reflexão sobre à flor da pele":

À flor... percebe-se o perfume, sentes o hálito de emoções solteiras (que não se casam com o imaginário coletivo) que outorgam a todos o direito de ser louco, logo poder ser singular.
Da pele ... sentir a pujança de emoções que tentam rasgar as roupas naturais (nossa pele), e deixar o ser humano nú, sentindo o calafrio da expectativa, da brisa que cochicha paz, do sentir o crepitar das chamas através da expectação das labaredas que nos avacalham à razão.


Enfim "À flor da pele..." As erupções emotivas tomam conta de nós, e retornamos à animalidade latente e efusiva de ser, pelo cumprimento de propósitos biológicos, a qual nossas almas se amarram e se emaranham, pelo consentimento institivo do prazer. Diz-se que à flor da pele brota o que tentamos silenciar, o que está contido e reflete o real do ser humano. O medo acalenta a decisão de "covardear", a razão disciplina a momentânea perda de sobriedade, a vida sugere o risco, por querer registrar experiencias únicas e deixar de ser uma vida sem cicerone.
Mas é momento grave, onde pode-se engravidar a existencia de tamanhas consequencias com enorme perniciosidades... portanto: leia sua pele, regue a flor da pele, para que seus ideais não sejam de todo, arrazoados demais, mas que não sejam loucos ao extremo; mas ainda; proponha uma vida saborosa em ser vivida e que lhe traga felicidades.

Conselhos de Edson

Reflexão pelo Coração... Baú de nossos eu's incabados!!! Coração levado ao baile do Espírito!!!

No enredo de nossas vidas ocorre-nos freqüentemente a solicitação, a inquisição faminta e opressora; à vida histórica, a urgência de que esta nos apresente elementos norteadores, caracterizadores e opinantes para a determinação do rumo desta vida futura (...) vida esta escorregadia, que alega a necessidade de ser intocável sob o ponto de vista da previsibilidade. E com estes argumentos reivindicantes − contrariando “nossas vontades rivais”, a “vida histórica” usurpa-nos a prerrogativa do controle (...) mesmo sendo nós mesmos, os agentes que operacionalizam a existência desta, a partir da concreção das ações e fatos (...) de poder gerir os caprichos, sinuosidades, humores, anseios acabrunhados e adormecidos, do assanho incontido da vontade de ser apesar de estar sendo até então, uma alma egoísta e em disputa consigo mesma.

E o baú que tenta conter estando com a tampa semi-aberta com grandes frestas, fissuras... Quem é?

É o coração!! Ele tenta aplacar a anarquia ou simular uma pretensa calmaria imposta pelo fechar da tampa, pelo “em-si-mesmamento” de um container, uma suposta imobilidade, o abafamento dos gemidos e choros, o “ocultar” do olhar esbugalhado e assustado da alma, a tentativa de silenciar o burburinho do arfar do ofego descompassado vitimado pelo cansaço e pela tímida apreensão do pavor e do incerto.

Oh coração tão fiel e apaziguador de nossas ambigüidades! Diuturnamente sugere ao intelecto a gestão de ações, atitudes para desviar deste as negatividades que insistem em abarrotá-lo. Oh coração, container de nossos eu’s inacabados...

Mas hoje ocorre um estampido de esperança, a afirmação de concreção da utopia poética em fato a consumar... o ser factível.

Desnuda diante de nós a sensualidade das curvas, a fragrância melindrosa, o calor, o frescor de tez macia, o vitimar pela carícia da brisa do eriçar emocionado do nú poético do corpo de nossas vontades felicitadas pelo convir de DEUS.

O que seria dos nossos container’s, se os ventrículos e aurículos estivessem condenados a se verem entupidos pela estupidez de não de desfazer das mazelas, dos venenos e trapos dos vícios de não se conveniar a história a DEUS.

Sei que nossas frontes às vezes descobertas além do normal, semi-careca talvez insinue a nós mesmos o momento de descobrimentos e inexoravelmente seja prudente que as mechas de orgulho não criem penumbras na visão da cristalinidade dos projetos e designações divinas para a nossa trans-história.

E o momento “tic-tac” é insuficiente para dimensionar, ser presépio e dispensação cronológica da ocorrência da insurreição combativa do nosso eu combalido, da insurreição da nossa história mesquinha e fugaz para ser ator principal, estrelando hollyoodyanamente, apoteosicamente aos lauréis da humildade de ser tudo em DEUS, por DEUS e para DEUS.

Sim, esse mesmo Deus que nos viu escorregadio e nu, imerso no amniótico, embebido no caldo nutritivo de esperança “do vir a ser” pelo parto normal, pelas vias sem fórceps; a pontuar este mundo com nossa individualidade latente e solicitante. E hoje vivemos a felicidade de entregar o pulsar, a respiração à vontade orientada pelo divino. Que cria canais preferencial em nossas artérias fazendo correr dentro delas sua divina seiva, orientadas pelo próprio DEUS-ESPÍRITO SANTO. E reger a foto-síntese (síntese pela LUZ) de frutos que possam ser aprazíveis a TI e alimentar a outros a quem o SENHOR vier permitir, pois tua Palavra está em mim no meu CORAÇÂO-CONTAINER reorganizado.

“AMÉM”



Poema do Zóio - escrito em momento de "uma depressão" na vereda da vida em 2008

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

França - palco civilidade e do iluminismo; agora visceralmente retrógrado...


A idéias iluministas, o vislumbre da latencia da humanidade social, que orientou os grandes pensadores a proporem o enfrentamento da irracionalidade com o conhecimento, a arte, a poesia, o trabalho humanizado; a operação da transmutação da Revolução Industrial mecanicista para o trabalho com endosso de abstração e prazer. Estas são as linhas românticas e devocionais da França da Torre Eifel, mas que se redesenham em rabiscos de malfazejos, que consignam a falta de humanidade e o descaminho da vertente mundial da descoberta da sustentabilidade ambiental, comercial, social como "corpo de prova" da globalização viável para o futuro.
Mas a França ao considerar como dejetos passível de lançamentos em latrina, os nossos produtos agrícolas; produtos estes (comodities) com alto valor agregado e com nível de competitividade referenciável no mundo, demonstra o grau de obscuridade em que a Europa se vê envolvida.
Ora; depois nosso país quer comprar "aviões caidores" da França, não obstante a Suécia oferecer aviões de melhor tecnologia e com menor preço. O que esperar do "anti-semitismo" francês evidenciado na deportação de ciganos.
Eles estão na contramão da união das heterogeneidades guindada pela Globalização humanizada... veja a reportagem neste link abaixo:
França ataca acordo com Mercosul e ironiza Brasil.
Precisamos de outra corrente filosófica humanista para recompor o nível de racionalidade de nossas ações face ao rugido de impaciencia do planeta, entre catástrofes naturais e guerras?

Uma pergunta do Zóio...

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

COMENTÁRIO SOBRE GLOBALIZAÇÃO & SOBERANIA

O termo veio à tona em meados da década de 80, e era vista como a difusão das informações, por meio de novas tecnologias na área de comunicação, como satélites artificiais, redes de fibra ótica. Meios estes que vinculam a relação de pessoas por meio de computadores, entre outras, e que permitiram acelerar a circulação de informações e de fluxos financeiros.
Logo se percebeu a abrangência conceitual que se desdobrou nas instancias da homogeneizaçãocultural, na des-territorialização comercial, estabelecendo assim uma nova fronteiraredesenhada, a partir da plurinacionalidade das relações, principalmente comercial, com a persecução da coerência intrínseca com as constituições e conjunto de normais jurídicas de cada país. Este modelo de compatibilidade das relações internacionais face ao arcabouço jurídico dos Estados-Nações, tem sido aprimorado pelo ganho de poder de barganha; seja pela formação de blocos econômicos com ganho de musculatura negocial, ora pela convergência mundial em estabelecer a primazia da sustentabilidade ambiental, social, preservando a dignidade humana.
Neste contexto a trans-nacionalidade do mercado é amplificada pela pujança do fluxo de informações em tempo real, sem o estorvo territorial, promovendo a aculturação do toldo sócio-antropológico com uma multiplicidade de variantes. Também
O saudoso Geógrafo Milton Campos, defendia tese da “des-geografização” do conhecimento, do acesso à dignidade básica, já prevendo a ocorrência de uma globalização esfacelada, que premiasse a hegemonia; ou seja um unilateralidade beneficiária que deixasse os países mais pobres prejudicados; sendo apenas o agente colonizado sem a contrapartida da relação comunal de troca justa de benefícios da Globalização.
Hoje o conceito de globalização concerne numa homogeneidade autentica em transito que possa abarcar as várias vertentes .
Mui precisamente no Brasil ocorre o debate sobre a universalização da Amazônia.
O conceito de soberania numa visão individual no tratamento de pessoas; competem com o conceito de outorga de individualidade em que preceitua um domínio espacial intrínseco, momentos decisórios desconexos com elos externos ao exercício livre da vontade. Logo é consignada à soberania, a territorialidade espacial, jurisdicional, com todos os entremeios antropológicos que aculturam e distinguem ao afeiçoado da singularidade.
No dia 07 de abril de 2010 foi discutido e analisado o anteprojeto de lei na CCJ do Senado Federalque trata da aquisição de propriedade de imóveis rurais por estrangeiros na Amazônia Legal e aprovado foi encaminhado à Comissão de Agricultura e Reforma Agrária. Dá-se então a continuidade da preocupação da ocupação da Amazônia, porém, o presidente Lula vetou uma Emenda Constitucional em que tratava de que na venda de grandes módulos fiscais[1] por propriedades rurais na Amazônia, deveria ser comunicado ao Senado Federal para análise.
Há muito vem se desenhando uma preocupação que visa resguardar a soberania da Amazônia. Senão vejamos o contexto histórico: No auge do ciclo da borracha, percebeu-se a Amazônia como uma área sem a presença com expressão de controle, e para ater-se na contenção destas realidades instituiu-se a Zona franca de Manaus, para incentivo para ocupação e promoção de atividade econômica.
Já no Tratado de Cooperação Amazônica ratificado em 1978 do Brasil junto aos países signatários (Bolívia, Colômbia, Equador, Guiana, Peru, Suriname e Venezuela), já se instalava como um instrumento de manutenção da capacidade gestora das riquezas naturais bem como a atribuição de propriedade no domínio e controle da Amazônia.
Face ao valor econômico da Amazônia, O presidente Itamar Franco em 1992 lançou a Iniciativa Amazônica visando aprofundar a cooperação econômica com os países da região, membros do Pacto Andino, mais Guiana e Suriname.[2] Este instituto conferiu maior consistência ao Tratado De Cooperação Amazônica.
A alavanca das atividades econômicas, através das interações mercadológicas faz confluir interesses e ajustar discrepâncias inerentes às singularidades às vezes milenares dos povos, os caprichos culturais e religiosos por mais que sejam diametralmente enormes; sempre esvaem-se face às propostas do lucro, da melhoria do padrão de vida e consumo. Neste ínterim ocorre o afastamento das fronteiras, propondo uma flexibilização das Constituições dos Estados, acomodando-se com as orientações de Tratados Comerciais.
O fluxo de informações é cada vez mais intenso. As amarras do Estado no que tange ao determinismo do controle, tem flexibilizado mais intensamente pela solicitação da realidade das relações comerciais, trans-nacionais remodelando constantemente o Direito privado, bem como as interações do direito privado e público na efetivação de alguns propósitos únicos como fórmula exclusiva em algumas persecuções de sobrevivência de ambos. Um exemplo claro são os investimentos que vem sendo feitos nos últimos anos na remodelação nos aspectos de infra-estrutura.
As principais características da globalização são a homogeneização dos centros urbanos, a expansão das corporações para regiões fora de seus núcleos geopolíticos, a revolução tecnológica nas comunicações e na eletrônica, a reorganização geopolítica do mundo em blocos comerciais (não mais ideológicos), a hibridização entre culturas populares locais e uma cultura de massa universal,
http://compusatempla22544.blogspot.com/2008/11/as-principais-caractersticas-da.html
http://jus2.uol.com.br/doutrina/texto.asp?id=8005



[1] módulos fiscais, ou seja, 1500 hectares
Soberania sobre a Amazônia Legal, Bruno Giovany de Miranda Rosas,
professor universitário, advogado ambientalista em São Paulo (SP)
Informações adaptadas do Texto extraído do Jus Navigandi http://jus2.uol.com.br/doutrina/texto.asp?id=8314, acessado dia 06 de abril 2010
Segundo Kenichi Ohmae, autor do livro “O fim do Estado-nação”, é algo premente e estabelece uma nova parametrização da ordem mundial, que se vê apoiada em elementos basilares "virtuais", sem os nexos imediatos da concreção física
Soberania sobre a Amazônia Legal, Bruno Giovany de Miranda Rosas,
professor universitário, advogado ambientalista em São Paulo (SP)
Informações adaptadas do Texto extraído do Jus Navigandi http://jus2.uol.com.br/doutrina/texto.asp?id=8314, acessado dia 06 de abril 2010
Conceito de Globalização
A Globalização se identifica na integração tecnológica, econômica, cultural, que por sua vez perscruta a integralidade do corpo jurisdicional dos países, na intenção de estabelecer o meio termo em que preze a saúde das relações com benefícios mútuos. Na prática isto constitui uma realidade esfacelada, pois, os países ricos protelam a cessão dos mesmo direitos aos paises pobres.
Mas através da corrente pela humanização das relações dos povos podemos ver a quebra de patentes de remédios, como exemplo de avanço, por outro lado, a recém descoberta em 2008 de uma mina com riquezas incalculáveis no Afeganistão, ou mesmo da potencialidade de produção de petróleo no Iraque, coaduna a justificativa da posse indevida, com a quebra da soberania destes países por potencias não tanto interessadas o bem estar dos povos, mas pela busca famigerada de satisfação de interesses puramente comerciais e estratégicos.

Principais características jurídicas:
Uma das características jurisdicional da globalização é o foco predominantemente na atividade mercantilista, que tem apego direito no Direito Privado, e que se desdobra na massificação da plenitude dos efeitos nas relações internacionais; nos acordos de cooperação e nos Tratados Internacionais.
A ação com o afinco pela obtenção do lucro acaba estabelecendo uma ambiência de tensão de interesses, das quais se estabelecem a necessidade da arbitragem por organismos internacionais. Nos moldes deste modelo de solução de conflitos, ocorre sempre a discrepância entre a vontade dos países envolvidos e a instituição arbitral.
Esta integralidade jurisdicional também se apresenta como precursora da defesa dos direitos humanos, da defesa do meio ambiente, sendo este leque o lado bom da globalização. Mas na tensão de interesses internacionais com países isolados oponentes, sublima-se uma tentativa de equalizar as diferenças; apesar da ofensa aos princípios radicais de soberania, porém não são levadas os efeitos a contento, pois ainda existe sobrepujando às todas as causas nobres o egoísmo comercial que suplanta ainda às tentativas da base de harmonia mundial.
Neste contexto o Direito Internacional se apresenta como uma opção apassivadora, em que tem o cerne essencial e circunstancial de agir numa neutralidade, desde que o arcabouço jurídico venha primar pela excelência das relações e da promoção do direito e da justiça equânime das nações.
Três aspectos relevantes para o Direito Internacional
Propõe abarcar a diversidade amenizando o impacto do choque das discrepâncias de crenças, cultura, e interesses econômicos e de soberania; pois estas são conseqüências inexoráveis do objetivo da globalização.
Com a proposta de uma dialética jurisdicional contrapondo às peculiaridades dos povos, o Direito Internacional se propõe a orquestrar a aproximação dos Estados-Nações, com a máxima estratégica de ser sensível à realidade vigente, coerente na contemporaneidade com a visão de longo prazo de uma legislação em todos os gêneros de relações, para o trâmite para um mundo transnacional.
A globalização que tem o caráter agressivo de mover a dinâmica internacional, na conformação política, comercial, na cooperação de atos pelo reconhecimento dos direitos humanos e tenha ênfase multilateral; acaba por provocar por conseqüência o aprimoramento contínuo do Direito Internacional. O Direito Internacional acaba por atuar agressivamente, ora seja pela delimitação territorial, das normas regulatórias da estadia de estrangeiros nos países em que estejam envolvidos em atos jurídicos, nas movimentações de bens e capital, bem como na orquestração dos mercados internos e externos.
Um Parágrafo sobre o tema:
A Globalização tendo como prerrogativa a homogeneidade, abarcando as heterogeneidades dos Estados, acaba por depender de uma legislação específica que possa estabelecer um regramento das relações e interações internacionais. Neste contexto a perspicácia jurisdicional é premente. Nesta atmosfera de apaziguamento de tensões, a globalização como um destino inescusável, desenvolve-se numa perspectiva de racionalidade, embora a todo tempo tente se esquivar da selvageria dos mercados que tentam estabelecer uma dicotomia existencial desta, ou seja, bipolarizada na especulação financeira e a posse tecnológica dos países desenvolvidos, condenando os países subdesenvolvidos a serem apenas exportadores de comodities. Neste ensejo a regulamentação é imprescindível, para preservar a abrangência do termo globalização.

Estou enviando este link que trata da Globalização como elemento "desterritorializante", por conseguinte anuindo à realidade a aquiescencia de fronteiras com outros paradigmas cerceantes.
http://www.fortunecity.com/campus/finals/910/globesobe.html

Esta tese enfatiza a soberania relatividada, face às solicitações hodiernas de enquadramento circunstancial do arcabouço normativo e da identidade do Estado, às novas nuances de integração, sugeridas com o apelo inexorável da Globalização. Verifica-se nas paráfrases da tese, a visão de um novo conceito de unidade. Sublima-se os equívocos e dentre estes, a idéia de que a essencia da disposição dogmática de unidade- Estado isolado, que é também delimitante; terá sobrevida. E acho que jamais abaterá a pujança do crescente gradiente de velocidade de avanço ao rumo de que o plano da "Unidade das divergências”. Esta "Unidade das divergências" está firmada numa sinergia de reciprocidades; e tornará ainda mais coerente e factível - ou seja o mercado e as demandas circunstanciais à produção de bens e serviços; "linkados" à política de sustentabilidade de qualquer gênero; ditará as regras para este novo modelo de Estado. Neste contexto a juridicidade, tem um plano de existencialização instável; pois deixa de apoiar-se nos corrimões culturais, sócio-políticos, filosóficos unilaterais para universalizar-se com a maestria ponderativa da hermenêutica multilátera . A forma engessada das normas jurídicas de cada país, bem como os trâmites de adequações contextuais, serão solicitadas com maior celeridade, numa espécie de "jus in time" da persecução da justiça mundial.
É um debate amplo...

Edson o Zóio