domingo, 6 de junho de 2010

Desafio a driblar os segredos da Janela da Ilusão...

A relação que se estabelece no mundo entre o real e o aceitável, entre o concebível ou visto, é posto em questão pela relativização, face à incapacidade de interlocução interpretativa dos conteúdos existenciais únicos de cada um de nós. Os elementos que constroem a individualidade; estruturado pelas ambigüidades, pelas reentrâncias da alma, pela munição cultural, pelas bagagens de conhecimento; acabam por ditar a realidade que vemos.

Cada um de nós está tendo a negativa predisposição em esquivar-se da possibilidade da nossa singularidade. Tememos ser único, ter a opinião diferente da maioria. Neste contexto, reivindicamos com nossas “ações-omisssões” a incapacidade de ver por detrás do toldo das especulações, os estratagemas da vida que mascaram o que é real.

São poucos que têm a sensibilidade de ver a Verdade ante a pseudo-verdade.

Engraçado que a pseudo-verdade tem um traje de alusões de verdade, baseadas em impressões tão incisivas, com uma inquestionabilidade tendenciosa encadeada com os elementos de crença vigentes tanto no contexto individual e coletivo da massa populacional, como na textura sócio-cultural e se faz tão implícita que desanima argumentos que os contraponham.

Existe uma janela de ilusões, que só pode ser desvendada se for ativada a capacidade intelectual mais aguçada. Se nos ativermos na visão renitente, planificada no conhecimento contemporâneo; estacionando a dinâmica de busca no plano limítrofe do visual, do coincidente, do conclusivo; decerto que não enxergaremos a verdade.

Adelbert Ames Jr. ¹ foi um cientista político, inventor que desenvolveu aperfeiçoamento dos conceitos de ótica. A“janela de Ames” é um trapezóide e montada em uma base giratória, que quando observada com os dois olhos abertos a 6 metros de distância parece que apenas se rotaciona em 180 graus.

Ilude-se pela predisposição da mente em pensar pela convergência do “contextualizado”.

Neste ínterim a possibilidade de ruptura com o sistema, se esvai, sofre fissuras e se emerge e afoga nos suspiros covardes de atribuição de mistério às coisas não tateadas pela nossa intelectualidade.

A religião é uma opção de renuncia à seqüência do caminho. Ela sugere a sucumbência dos nossos questionamentos ao arquivamento, com a imposição dogmática a toda tentativa, aos rastros propedêuticos do conhecimento de Deus.

A Bíblia estimula-nos: “Oséias 6:3 Então conheçamos, e prossigamos em conhecer ao SENHOR; a sua saída, como a alva, é certa; e ele a nós virá como a chuva, como chuva serôdia que rega a terra”.

A visão e a descoberta da realidade ante aos estratagemas da “Janela da ilusão”, concebe também como um exercício de fé, e um culto ao aprimoramento da nossa transcendentalidade. Pois rompemos com a base de experiência que temos para atingir o que ainda não se tinha pensado.

Não se trata de tentar a Deus, pois, a cada vez que descobrimos novos territórios do conhecimento, seja da secularidade ou do próprio Deus, a distância se estabelece de forma mais enfática entre o nosso plano de conhecimento e o de Deus; face à relevância e à complexidade dos meandros dos mistérios semi-descobertos.


Autor: Edson - o Zóio

[i] Adelbert Ames, Jr. (19 de agosto de 1880–1955) era um cientista americano que fez contribuições a físicas, fisiologia, ophthalmology, psicologia, e filosofia. Ele abriu caminho o estudo de óticas fisiológicas em Faculdade de Dartmouth e serve como um professor de pesquisa, então como diretor de pesquisa no Dartmouth Olho Instituto. Ele administrou pesquisa importante em aspectos de visão binocular, inclusive cyclophoria e aniseikonia. Ames é conhecido talvez melhor por construir ilusões de percepção visual, notavelmente o Ames se alojam e a janela de Ames. Ele era uma luz principal na Escola de Transactionalist de psicologia e também fez contribuições a psicologia social.




Fonte : wikipedia.org/wiki/Adelbert_Ames,_Jr. Acessado dia 06/06/2010 às 18:15


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